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Moradores de área do Itajaí IV, em Campinas, seguem isolados

Moradores seguem isolados - Foto: Guilherme Pierangeli

Os moradores de uma parte do Parque Itajaí IV, em Campinas, iniciaram mais uma semana isolados. Na intensa chuva de 19 de janeiro uma área aterrada foi levada pelas águas, e com isso eles ficaram sem ligação com a ponte que passa sobre o rio Capivari. Essa ponte fica na continuação da rua Nelson Ferreira da Silva. Os moradores estão se virando com um bote inflável para atravessar de um lado para o outro.

E a situação é complexa. Primeiro, por se tratar de uma área particular, que pertencia à uma cerâmica. E para o restabelecimento do aterro, é preciso corrigir o leito do rio Capivari, o que exige a retirada de um banco de areia que há próximo ao local em que o aterro foi levado pelas águas.

Trata-se de um trabalho que demandará algum tempo. Enquanto isso, a saída estudada é criar um caminho por dentro de alguma propriedade rural vizinha para que os moradores possam sair e entrar da área por terra, o que demanda um negociação, já que se tratam de áreas particulares. É o que relata o autônomo Júlio César Rodrigues, que mora na área isolada. “Alguns funcionários da prefeitura realmente tentam ajudar, dão um apoio, tentaram ver um acesso pra gente mas um dos donos da terra não concordou, estamos tentando com o outro proprietário fazer um caminho alternativo, até que ele consiga autorização do meio ambiente, da Cetesb e da Prefeitura, pois foi justamente esse desvio que ocasionou este problema que a gente está tendo hoje”.

O motorista Marcio Trindade também mora no local, e relatou que não tem trabalhado pois o caminhão dele está isolado. Ele também demonstra preocupação em relação ao risco das travessias com o bote, e o acesso das crianças às escolas. “Tá perigoso pelo seguinte, a água, queira ou não você tem contato com ela, e ela é forte e contaminada, é um bote simples, estamos colocando em risco nossa saúde e nossa vida, e tem criança lá, vai começar as aulas, quero ver como vai fazer o percurso dessas crianças para a escola, você não vai passar uma criança por um negócio perigoso desses”.

A CBN entrou em contato com a Prefeitura de Campinas, que confirmou que o local é uma área particular, mas que por se tratar de questão humanitária emergencial de isolamento, a Secretaria de Serviços Públicos está elaborando documento de dispensa de licença junto à Cetesb para, ainda esta semana, entrar com maquinário para retomar curso do rio ao seu traçado original e, na sequência, dar inicio a recomposição da cabeceira da ponte.

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