O novo secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, anunciou em primeira mão à CBN Campinas, nesta sexta-feira, a abertura de um processo para a compra de leitos de atendimento a pacientes oncológicos, com assinatura do Governador prevista para o próximo dia 24.
O secretário informou que há uma fila de pacientes com câncer no estado para iniciar o tratamento, sendo que para alguns esta espera chega há 10 meses, o que representa um grande risco ao prognóstico de vida.
Ainda não está prevista a fatia que será disponibilizada a Campinas e também não há ainda uma previsão para atender ao pedido do conselho de desenvolvimento da RMC para a criação de um novo hospital regional para desafogar o HC da Unicamp, hospital de referência que atende as cidades do interior de São Paulo e até do Sul de Minas.
Como primeira providência já prevista, Eleuses Paiva quer colocar em funcionamento os 7 mil leitos que estão inativos no Estado, incluindo tratativas com HC da Unicamp, por meio da superintendente do Hospital, Elaine Cristina de Ataide
Em Campinas, só na Unicamp, a própria superintendência do HC informou que seriam necessários 800 leitos para atender toda a demanda, sendo que no momento são 350 vagas e 50 em reforma. Ou seja, menos que a metade do ideal.
Eleuses Paiva afirmou que ampliar o acesso das pessoas ao serviço público de saúde é uma prioridade do Governo e que a RMC é uma prioridade, por ser a região com mais deficiência no atendimento, depois de Grande SP.
Outra preocupação que o secretário destacou é a constante queda que tem sido registrada na cobertura vacinal do estado. Ele afirmou que esta é uma grande ferramenta para salvar vidas que tem sido negligenciada pela população paulista, chegando a taxas abaixo de 50% para vacinas contra a poliomielite e o sarampo em quase 200 municípios.
Para tentar reverter a situação, ele anunciou a criação de campanhas de vacinação e de conscientização. A Dengue também tem crescido no estado e por isso, o secretário fez um apelo para que a população elimine os criadouros, que na grande maioria dos casos estão nas próprias residências.
