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Situação de muro do Cemitério da Saudade gera receio de novas quedas

Foto: Guilherme Pierangeli

Após partes do muro do Cemitério da Saudade caírem, a Prefeitura de Campinas aguarda o fechamento do processo de licitação para contratação da empresa que fará os serviços de demolição e reconstrução da estrutura. Enquanto isso, cresce a possibilidade de novas quedas de outras partes do muro, afinal, estamos em um período de chuvas intensas e constantes, o que deixa o solo encharcado, impactando na sustentação do muro. E essa situação gera perigo para motoristas e para pedestres, já que não há nenhum isolamento entre o muro, a calçada e a rua.

Um dos pontos em que parte do muro caiu – Foto: Guilherme Pierangeli

Em um trecho da Av. Engenheiro Francisco de Paula Souza ocorreram duas quedas no ano passado, uma em março e a outra em dezembro. Atualmente os locais estão com tapumes, e entre os locais das duas quedas há um ponto de ônibus. A aposentada Joalce Rodrigues acha que os passageiros que aguardam no ponto correm risco, assim com os pedestres que passam pelo local. “Eu acho sim, com certeza, eu estava até olhando, pelas rachaduras que tem, o risco que corre, e eu vi que o abandono dentro do cemitério também tá grande, mato, sujeira”. Cristina é Educadora Infantil e mora em uma casa próxima ao local. Ela também acha arriscado utilizar o ponto. “Muito arriscado, eu estou no meio de dois desabamentos, se desabar aqui pode cair em cima do ponto de ônibus, é um risco, a gente vive um risco, mas é o mais próximo pra mim que moro duas ruas abaixo aqui”.
 
Em dezembro do ano passado a Prefeitura anunciou que irá reconstruir e instalar o muro do Cemitério da Saudade. Serão 1.076 metros de muro no entorno, com 1,5 metro de altura, e um gradil de dois metros sobre ele, totalizando 3,5m. Haverá ainda uma cerca viva. A obra foi orçada em R$ 3,2 milhões, e a licitação foi publicada no Diário Oficial em 1º de dezembro por meio da Setec (Serviços Técnicos Gerais), autarquia que administra o uso do solo público. A previsão é que a obra seja realizada ao longo de seis meses. 

A Prefeitura afirma que uma análise técnica apontou que é necessário reconstruir o muro devido ao desgaste natural, já que ele foi erguido na mesma época de fundação do cemitério, em 1880, e a última reforma ocorreu há mais de 15 anos. A Setec informou em nota que a licitação está em curso, e os envelopes com as propostas das empresas interessadas serão abertos no próximo dia 16. E que como forma de prevenção, diariamente é feito o monitoramento por parte da equipe técnica da Setec, e caso seja identificado o risco de novas quedas serão tomadas providências, como por exemplo o isolamento da área em risco.

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