Conselheira do Comdema reclama de falta de diálogo com o secretário

Foto: Guilherme Pierangeli

Em entrevista à CBN Campinas, a conselheira do Comdema o Conselho Municipal do Meio Ambiente de Campinas, Teresa Penteado, afirmou que o diálogo do conselho com a Prefeitura é complicado. Segundo ela, o secretário municipal de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, que é responsável pelo Departamento de Parques de Jardins, o DPJ, é convidado para as reuniões do conselho, mas nunca apareceu, e no máximo envia outra pessoa para representar a pasta. “Ele tem cadeira no Comdema, mas nunca foi lá, a gente já chamou várias vezes, ele manda alguém, é muito difícil a convivência de quem defende árvores com o DPJ que não cuida das árvores, é um órgão que acha que sabe tudo, mas não faz nada”.

A conselheira contesta a posição da Prefeitura sobre o estado das árvores que caíram e provocaram mortes em Campinas. A Prefeitura se baseia em laudos que afirmam que as árvores estavam saudáveis. No caso dos eucaliptos do Taquaral, em que a menina Isabela Fermino, de sete anos, morreu em 24 de janeiro após ser atingida por uma das árvores, Teresa afirma que há mais de sete anos houve a sugestão do conselho para a troca dos eucaliptos do Parque Portugal. “Em 2015 houve essa discussão no Comdema, foi falado que o ideal seria tirar todos os eucaliptos, pelo risco que tinham, e substituir por árvores nativas, e de lá pra cá não se fez nada, inclusive temos um documento que o pessoal do Taquaral solicita a extração de sete eucaliptos pro DPJ, em 2019 eu acho, e foram retirados, ou seja, nunca foi feito um estudo daquelas árvores, se não não estariam até hoje lá”.

Em relação à figueira do Bosque dos Jequitibás, que caiu sobre o carro de Guilherme da Silva, matando o técnico em eletrônica de 36 anos, a conselheira afirma que um laudo que está em posse do conselho aponta que houve a remoção de partes da raiz da árvore justamente no lado em que ela caiu. “A tese dele, que ele comprova, é que não existiam as raízes do lado da rua, provavelmente elas foram tiradas na época do asfaltamento, na época da calçada e na época do gradil, então a árvore não tinha sustentação no lado em que ela caiu, então não adianta mandar um pedacinho da árvore para fazer exame, problema são as raízes, e isso em momento algum foi falado pela prefeitura, ou foi estudado.”

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