Após mais uma enchente, o Prefeito de Capivari, Vitão Riccomini (União Brasil), afirmou em entrevista à CBN Campinas que cerca de mil famílias precisariam ser removidas das casas delas devido a estarem em áreas propensas a alagamentos. Ele utilizou como referência o número de casas atingidas na enchente do final de dezembro de 2022 e início de janeiro deste ano, quando a água ultrapassou 4,3 metros.
O Prefeito afirmou porém ser inviável realizar tantas desapropriações por questões financeiras, mas disse que isso será feito em determinados casos. “Algumas desapropriações pontuais, não teremos recursos financeiros, nem o estado, para desapropriação geral, desapropriar em torno de mil imóveis”.
Nesta última enchente 20 famílias ficaram desabrigadas, sendo ele, sendo que 15 foram para casas de amigos e parentes, e outras cinco para o ginásio Ronaldão. Segundo ele, muitas das famílias são as mesmas que sofreram no início do ano com a pior enchente da história da cidade. “As mesmas famílias, elas estão no ginásio, e não na escola desta vez, pois o ginásio teria condição de recebe-las e a gente não faria paralisação das aulas, pois mediante uma crise não poderíamos penalizar nossas crianças”.
O Prefeito afirmou que há mais de 30 anos o rio Capivari não passa por obras de desassoreamento na cidade, o que acaba intensificando o problema das enchentes. “Nós fizemos já todo licenciamento dos córregos e rios para que possamos iniciar o desassoreamento dos rios e córregos que não acontece há 30 anos, então acredito que se não houver alguma burocracia interna que paralise os trâmites da licitação, no mês de abril deve-se iniciar o desassoreamento”. Os trabalhos devem ser realizadas em parceria entre o governo do Estado e o município.
