Reservatórios dos rios da região seguem em estado de alerta permanente

Mesmo com 70% de chuvas acima da média histórica em setembro, os rios da região continuam em estado de alerta, com menos de 40% dos reservatórios ocupados. O Consórcio das bacias PCJ calcula que não deve haver desabastecimento nos municípios este ano, mas a situação segue preocupante porque os rios têm ficado mais secos antes dos períodos de estiagem.
Foto: Divulgação/Consórcio PCJ

As chuvas de setembro na região ficaram 70% acima da média histórica, de acordo com o boletim mensal do Consórcio PCJ, que gere as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, responsáveis por abastecer 63 municípios da região.

Apesar do índice, os reservatórios operam em estado de alerta, quando estão entre 30% e 40% da capacidade total. A gerente técnica do consórcio, Andréa Borges, explica que o atual nível tem se mantido de maneira permanente, o que pode prejudicar futuramente o abastecimento dos municípios que dependem desses rios.

A vazão dos rios da região tem diminuído antes do esperado. Segundo o Consórcio PCJ, o ideal é que no final de abril, o Sistema Cantareira esteja operando acima de 60% para não haver riscos no período de estiagem para a capital paulista e região de Campinas. A gerente técnica garante que em 2022 não haverá crise hídrica de abastecimento, mas admite que o cenário é preocupante para os próximos anos.

O aumento no índice de chuvas foi o primeiro em sete meses na região, mas a vazão dos rios não acompanhou esse crescimento. O PCJ segue alertando aos municípios e moradores que continuem fazendo uso racional da água, sem desperdício, para evitar desabastecimento no próximo período de estiagem.

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