A Maternidade de Campinas recebeu no início da noite desta terça-feira (7) autorização da Secretaria Municipal de Saúde para reabrir 10 dos 20 leitos de UTI Neonatal interditados devido à falta de profissionais da saúde. A interdição aconteceu em 16 de fevereiro.
A decisão, que será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (8), ocorre após o hospital apresentar um plano de trabalho que atenda requisitos mínimos para funcionamento da estrutura. Agora, a Maternidade e a Secretaria de Saúde mantém as tratativas para reabrir, futuramente, os outros 10 leitos que continuam interditados. Dias antes da interdição, a Maternidade notificou um surto de diarreia na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), e três bebês morreram. A causa dos óbitos ainda está em investigação.
Como a reportagem da CBN Campinas já informou, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu um inquérito para apurar as mortes, as irregularidades apontadas pela administração, e também quais ações foram realizadas pela Prefeitura e pelo Estado. A investigação é conduzida por duas promotorias, após o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) constatar ‘irregularidades estruturais, de RH e de processos de trabalho que influenciam na qualidade do serviço prestado aos usuários’.
Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que com a retomada dos 10 leitos, ficam mantidos os parâmetros necessários para o atendimento de UTI neonatal no município. A proposta para operacionalização do funcionamento com os 30 leitos prevê a reorganização da escala de profissionais da Maternidade, cumprindo todos os pré-requisitos da legislação necessários. Paralelamente, a Secretaria Municipal de Saúde continua com as negociações para ampliação dos leitos de neonatologia no hospital da PUC.
