A prefeitura de Campinas publicou, nesta segunda-feira, o edital para escolher a empresa que vai terminar as obras do Corredor BRT Ouro Verde.
São dois trechos em licitação. O primeiro tem 5,7km de extensão, começando no Terminal Campos Elíseos e seguindo até o Terminal Ouro Verde, e o final, com 4,1km, do Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova.
A reportagem da CBN Campinas passou pela região no fim de semana e constatou o que consta no levantamento feito pela administração.
A Estação BRT Piracicaba nem saiu do papel. O ponto de parada, na baixada próxima do córrego, tem apenas uma calçada que complementa o trecho já existente.
O Terminal Santa Lúcia está parcialmente executado. A parada específica do BRT, com piso elevado, está cheia de placas e bancos jogados. Falta também acabamento na parte externa, como uma placa com o nome do terminal, que despencou e não foi recolocada. Quem vem do centro dá de cara com o “Terminal Santa Lú”.
A Estação BRT Capivari está enferrujada e parcialmente executada. A prefeitura diz que faltam acabamentos, mas existe uma grande possibilidade de parte do trabalho ter que ser refeito por causa da ferrugem.
A Estação BRT Morumbi, após o Rio Capivari, está sem os acabamentos de identificação e parte do telhado está destruída.
O Terminal BRT Ouro Verde, com as plataformas na Avenida Ruy Rodrigues, está parcialmente executada, como a reportagem já contou. Parte das estruturas de ferro estão expostas e completamente enferrujadas. No local é para existir um “mezanino” que vai servir de passarela entre o terminal antigo e o Hospital Ouro Verde. Na lista feita pela prefeitura, consta que a obra está parcialmente executada e falta todo o acabamento.
A partir daí, a situação é lamentável. A Estação Coacyara, próximo ao cruzamento da Avenida Coacyara, e que tem altura dos pontos de ônibus tradicionais de Campinas, sequer saiu das estacas de madeira, que estão parte caída ou simplesmente servindo de apoio para propaganda.
Na Estação Arymana, falta parte dos acabamentos. O mato já começa a crescer e algumas placas do chão estão soltas.
Situação semelhante na Estação Vista Alegre, que tem menos acabamentos ainda. O mato também subiu bastante.
Apesar de considerar que a Estação BRT Marajó está concluída, a reportagem da CBN constatou que uma das plataformas de acesso aos ônibus foi “arrancada”, muito provavelmente em um acidente. Por dentro, uma grande bagunça.
A Estação São José está apenas com a estrutura montada, mas já enferrujada e com um grande matagal ao redor. Mesma coisa na Estação Campina Verde, que está feita pela metade.
E o Terminal BRT Vida Nova, que será uma plataforma antes do terminal antigo, tem dois cenários: a pista de desembarque está parcialmente erguida, com a plataforma feita. Mas, no sentido Centro, canos de PVC que devem servir para o escoamento de água fazem a única coisa “em pé” do trecho. E isso porque alguns já foram até quebrados.
A expectativa é que o valor da licitação fique em R$ 42,4 milhões, um pouco abaixo dos R$ 50 milhões divulgados originalmente pela administração.
O prazo de vigência do contrato será de quinze meses. As obras devem durar um ano, mais os três que são previstos para emissão do Termo de Recebimento Definitivo da Obra.
