O tratamento de pacientes com queimaduras de alto grau é complexo e exige aparelhagem muito específica. Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), cerca de 3 mil pessoas morrem por ano no Brasil após sofrerem lesões causadas por explosões, choques elétricos e outros tipos de acidente.
Muitos casos são tratados, mas outros nem conseguem chegar a receber cuidados médicos. No início do mês, um morador de Santa Bárbara D’Oeste, de 27 anos, com 50% do corpo queimado, morreu após esperar uma semana por uma vaga e já chegar ao hospital em estado grave.
O cirurgião plástico José Adorno, representante nacional da SBQ, explica que o número de unidades preparadas para receber pacientes com queimaduras graves é baixo.
Diferentemente de outras patologias, como síndromes respiratórias, a adaptação de leitos para tratamento de queimados é muito mais complexa, segundo o médico que representa a SBQ.
Além da melhoria na criação de unidades para queimados, a SBQ reforça que campanhas de conscientização podem diminuir o número de acidentes. Segundo José Adorno, as ocorrências aumentaram muito durante a pandemia da covid-19, especialmente acidentes domésticos com pessoas que se expõem a riscos, inclusive por causa do uso de álcool para prevenção da doença.