O relatório da chamada CPI da Propina, que investiga possíveis irregularidades em contratos da Câmara de Campinas, foi rejeitado em votação no plenário na última quarta-feira. O presidente da Casa, Luiz Carlos Rossini (PV), não vota, 19 vereadores foram a favor do texto redigido por Major Jaime (Progressista), 11 contra e houve uma abstenção.
Paola Miguel (PT) foi integrante da CPI e se absteve tanto na comissão quanto na sessão com todos os colegas. Segundo a vereadora, não houve qualquer fato descoberto pela investigação além do que já havia sido denunciado pelo Ministério Público e que houve uso político-ideológico da CPI.
O presidente da CPI, Paulo Gaspar (Novo), discorda da opinião de Paolla Miguel. Para ele, as investigações deram direito de defesa aos acusados, que não quiseram comparecer. e por isso deve ser aberta uma comissão processante contra o ex-presidente da Câmara, Zé Carlos (PSB).
A CPI foi instaurada após denúncia do empresário Celso Palma contra o então presidente da Câmara, Zé Carlos e o na época subsecretário de Relações Institucionais, Rafael Creato, de que teriam pedido vantagens financeiras para renovar contratos da TV Câmara com o Grupo Mais.
Tanto Zé Carlos quanto Creato não compareceram à CPI para prestar depoimento. A rejeição do relatório, que recomenda abertura de comissão processante contra o ex-presidente, não significa arquivamento do processo contra Zé Carlos para uma eventual cassação de mandato.