O clarão que cortou o ceu do interior paulista e outros pontos do país na noite de segunda-feira foi um pedaço de um foguete que se tornou lixo espacial.
A informação é do Sistema Holístico de Redução de Risco e Incerteza, de uma empresa especializada em analisar o que acontece na atmosfera para aeroportos e sistemas espaciais civis e militares, que fica em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
Segundo a companhia, o clarão era o estágio de um foguete chamado Chang Zheng 2C, desenvolvido pela China. É um foguete utilizado para lançar satélites em órbita terrestre baixa.
O lixo espacial tinha 35 metros de altura e um diâmetro de 3,35 metros.
Segundo a empresa, o foguete perdeu altitude mais rápido do que o previsto, e reentrou na atmosfera antes do esperado.
O astrônomo do Observatório Municipal de Campinas, Júlio Lobo, já havia levantado a possibilidade de ser um lixo espacial, devido a uma série de fatores específicos.
O clarão foi visto nas regiões de Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto, Sul de Minas Gerais, grande Belo Horizonte e até em Brasília.
Não houve registro se o lixo especial caiu no Brasil. O fenômeno durou, aproximadamente, 30 segundos.