A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) demonstrou preocupação com o retorno da cobrança integral dos impostos federais sobre gasolina, etanóis anidro e hidratado e GNV, a partir desta quinta-feira (29).
Na região de Campinas, houve reajuste de até 41 centavos no litro da gasolina, quase dez centavos além do previsto pela Fecombustíveis, que informa que o custo de aquisição para os postos de combustíveis deveria aumentar R$ 0,33 por litro para a gasolina e R$ 0,22 por litro para o etanol hidratado.
Emílio Martins, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas, o Recap, critica a ação das distribuidoras, que aumentaram o preço além do esperado, e afirma que identificou aumentos muito superiores ao repasse dos impostos.
O presidente do Recap afirmou ainda que o órgão considera o aumento repassado na região inadequado, mas espera que a situação se estabilize nos próximos dias.
Em um posto visitado pela reportagem da CBN, na Avenida Orosimbo Maia, a gasolina já foi reajustada para R$ 5,99 o litro, e o etanol, para R$ 4,49. Em outro estabelecimento, às margens da Rodovia Anhanguera, o aumento ainda não chegou, já que a administração ainda não comprou um novo lote e utiliza o combustível já disponível em estoque. O valor cobrado é de R$ 5,29 pela gasolina e R$ 3,69 pelo etanol.
Em nota, a Fecombustíveis informou que não interfere no mercado, não sugere preços, margens ou outras variáveis comerciais na composição dos preços de combustíveis. Cada revendedor deve precificar seus produtos de acordo com a realidade e as necessidades específicas de seus negócios e de acordo com a dinâmica do mercado em que está inserido.