A ocupação Vila Paula teve início em 2015 e permaneceu por oito anos em um espaço próximo ao CDHU da região do San Martin, em Campinas. Cerca de 200 famílias somando 800 moradores construíram barracos em uma área pública. Em 2022 um grande incêndio atingiu a comunidade e fez com que os moradores percebessem que realmente a situação não poderia continuar da forma que estava.
Por isso e também pelo tempo que demoraria para a área ser liberada pela prefeitura, eles decidiram se juntar e contratar uma loteadora, como explica o pintor e representante dos moradores da Vila Paula Paulo César dos Santos.
A loteadora foi contratada pra fazer o recorte dos lotes, a terraplanagem e a limpeza do espaço. Esses lotes devem ter de 70 a 90m². A ideia é que cada morador possa construir casas com dois cômodos e um banheiro. Agora os moradores esperam que o poder público entre com a parte de infraestrutura providenciando asfalto, saneamento básico, energia elétrica e iluminação pública.
Paulo César explica que como a maior parte das famílias da Vila Paula são carentes, a aplicação do projeto de casas embrião, que está em andamento na ocupação Nelson Mandela, seria bem-vindo por eles na Vila Paula.
Os moradores acreditam que até meados do mês que vem os lotes comecem a ser demarcado pela loteadora.
Em nota a prefeitura de Campinas afirmou que a Vila Paula é uma ocupação na região Norte da cidade que teve a reintegração de posse suspensa por conta do processo de regularização da área. E que não foi discutida até o momento com os moradores a questão dos embriões.