A Polícia Federal de Campinas faz, nesta quinta-feira, a Operação Clandestine Bank, contra uma quadrilha que pratica crimes contra o sistema financeiro nacional, com fraudes em contratos de câmbio e operações irregulares de instituições financeiras.
Dos investigados, são 15 pessoas físicas e 7 pessoas jurídicas. São cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, e determinado o bloqueio de R$ 16 milhões em bens e valores.
Além de Campinas, também há mandados cumpridos em outros pontos do Estado de São Paulo e em Pernambuco.
A apuração começou em março, após as informações que foram obtidas na Operação Dollaro Bucato II, deflagrada em julho do ano passado, também em Campinas.
Por meio das análises de documentos e dispositivos eletrônicos, foi possível constatar milhares de operações de crédito e débito e de câmbio, efetivadas por pessoas físicas e jurídicas não autorizadas, inclusive para o continente asiático.
As operações envolvem movimentação de moeda no estrangeiro por meio do processo conhecido como dólar-cabo, além de câmbio de moeda em território nacional, uso de empresas de fachada, operações de importações fictícias, laranjas, testas de ferro, pagamento de boletos em benefício de terceiros, emissão de notas fiscais sem lastro.
Foram detectadas movimentações atípicas nas diversas regiões do país, sendo que, entre os meses de março e junho de 2022, foram movimentados ao menos R$ 5 milhões.
Entre as pessoas jurídicas de fachada há empresa de transporte que não possui um único veículo.
Os principais investigados são dois operadores do sistema financeiro clandestino, a empresa de fachada utilizada para as movimentações, uma empresa do ramo químico que mais usou o sistema bancário ilícito para, principalmente, converter créditos da conta corrente em dinheiro em espécie, e o dirigente dela.
A soma das penas dos crimes constatados durante a investigação, podem chegar a 26 anos de prisão.
