Campinas hoje conta com diversos shoppings e as vendas online não param de crescer. Porém o comércio de rua continua pujante. Prova disso é o movimento intenso na rua 13 de maio. E apesar de todas as dificuldades têm comerciante que não sai de lá de jeito nenhum.
Esses são alguns dos sons que ouve quem passa pela extensão da rua 13 de Maio, em Campinas. Principal corredor do comércio de rua da cidade, ali se encontram pessoas de todas as regiões da cidade e de municípios vizinhos também. Todos dispostos a comprar ou dar uma olhadinha nas vitrines que estão ali há anos. Como a da loja do comerciante Edvaldo de Souza Pinto.
Ele tem uma loja de roupas na 13 de Maio desde 1972. Natural do Rio Grande do Norte, o comerciante trabalhou com outros segmentos até se fixar onde está até hoje e viu as mudanças na própria rua acontecerem.
Sr. Edvaldo também acompanhou mudanças tecnológicas. No comércio, na economia e nos consumidores. Do dinheiro vivo, ao crediário. Do cartão de crédito ao PIX. Ele diz que a forma de pagamento mudou bastante assim como a forma como as famílias fazem as compras.
Ao se lembrar dos desafios enfrentados nesses mais de 40 anos trabalhando com vendas ele se lembra do período da hiperinflação, em que os brasileiros não tinham segurança econômica nenhuma.
Passado o período mais complicado da pandemia, crise mais recente do comércio, a expectativa é que haja uma melhora no cenário para o varejo. É o que explica Laerte Martins, economista da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas).
Mas nem as dificuldades da economia e nem a pandemia de Covid-19 tiraram a alegria e a força de vontade deste nordestino. Mesmo com o cenário adverso, a família toda, esposa e filhos, trabalham na loja.
Neste aniversário de Campinas ele deseja que a cidade que o acolheu não pare de prosperar