As famílias do Residencial Nelson Mandela, em Campinas, terão opções de ampliação, com valores entre R$ 24 mil e R$ 65 mil financiados em até 300 meses pelo Fundo de Apoio à População de Sub-Habitação Urbana, o Fundap. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6), pelo prefeito Dario Saadi e pelo vice-prefeito e secretário de Relações Institucionais, Wanderley de Almeida.
Na primeira opção, o embrião poderá ser ampliado em 17 m², com a construção de um quarto; na segunda, o embrião ganha mais 29 m², com a ampliação de um quarto maior; e na terceira opção, a ampliação será de 38 m², com a construção de dois quartos e um banheiro.
O loteamento foi construído para atender as famílias da Ocupação Nelson Mandela, que começou em 2016, numa área particular na Vila União. Após a reintegração de posse, as famílias migraram para um outro terreno particular, próximo ao DIC 5, no distrito do Ouro Verde. Novamente, o grupo recebeu uma ordem de reintegração de posse. A Prefeitura, em acordo com a Justiça e os moradores, decidiu lançar o loteamento, em uma área do município, oferecendo a infraestrutura de água, esgoto e energia elétrica. O vice-prefeito ressaltou que não se trata de um programa habitacional.
O embrião original, de 15 m², foi alvo de críticas do presidente Lula, durante um discurso para entrega de casas populares no Pará, em junho. O petista chegou a afirmar que o prefeito de Campinas ‘não é humano’.
Na ocasião, Dário Saadi postou um vídeo nas redes sociais rebatendo as declarações, e afirmou que Lula estava ‘mal informado’. Durante o anúncio da ampliação, o vice-prefeito de Campinas disse que a etapa já fazia parte do projeto original, e não ocorreu por conta da polêmica.
Thamires Gomes, coordenadora da ocupação Nelson Mandela, participou do anúncio, e afirmou que o movimento está feliz com a possibilidade de ampliação.
As parcelas terão valor mínimo de R$ 132 mensais. A Justiça já foi comunicada e aceitou as propostas de ampliação apresentadas pela Prefeitura. A ampliação com financiamento pelo Fundap é opcional. Algumas famílias estão construindo por conta própria, e outras, segundo a Prefeitura, não optaram nem pelo financiamento do embrião. A transferência das 116 famílias começa nos próximos dias, com suporte técnico da Cohab, e deve terminar em 60 dias.
