O sistema Cantareira opera nesta semana na casa dos 75%, o que aponta para uma tendência de queda, já que há uma semana ele operava com 77%, e há um mês em 81%. Apesar da boa recuperação ao longo dos meses chuvosos, que garantiu até o final do uma segurança hídrica para as regiões dependentes do sistema, como o caso a região de Campinas, a queda gera uma certa preocupação.
É que embora estejamos no período de estiagem, quando há poucos dias chuvosos, e geralmente com chuvas de baixa intensidade, as chuvas tem sido inferiores ao habitual para a época em alguns pontos do estado, como em Campinas, por exemplo, conforme explica a pesquisadora e meteorologista do Cepagri da Unicamp, Professora Ana Ávila. Ela relata que o mês de agosto é o mais seco do ano na cidade, com a menor média histórica. “Em média nós temos 25,2 milímetros, até agora foram registrados 3,6 milímetros, ou seja, chuva bastante abaixo. Daqui para frente nós teremos algumas instabilidades, no próximo fim de semana pode chover e depois, no meio da próxima semana, também poderão ocorrer novas chuvas, pancadas, então nós poderíamos ainda atingir a média, já vista que é um valor bastante baixo.”
E pode não parecer, mas ainda estamos no inverno. E a tendência é que o calor siga sendo o padrão até o final do mês. “São dias bastante quentes, nós estamos aí com temperaturas acima da média e poderemos fechar um mês com bastante calor, ou seja, ainda com temperaturas mais altas ainda. Dificilmente teremos ondas de frio ainda neste inverno, mas a gente não tem como descartar essa possibilidade, porém no mês de agosto nós teremos alguns dias com temperaturas mais amenas, mas de forma geral deveremos ter mais dias bastante quentes.”