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Excesso de pombos divide opiniões sobre como lidar com as aves

Foto: Guilherme Pierangeli

Quem anda por Campinas, principalmente pelo Centro, sempre acaba vendo alguns pombos pelo caminho. E essas aves dividem opiniões. Há quem não goste e sinta receio, e até nojo. Mas há também quem as alimente, e com isso favoreça a aglomeração de pombas em dados locais, principalmente em praças, como é o caso do Largo do Rosário. É lá que segurança Oséias Elóis deu um pouco de comida às aves. Ele afirma que as pessoas precisam tratar bem as pombas. “Acho que tem que tratar, porque se fosse para elas não estarem aqui, Deus não teria feito, então eu acho que você está comendo, não custa nada você jogar alguma coisa para os animais, porque eles também têm fome, eles sobrevivem de comida e água como a gente, não tem como eles ficarem sem nada”.

E para algumas pessoas os pombos causam incomodo até mesmo dentro de casa. É o que conta a Cleide, que é promotora de eventos. “Os pombos entram no corredor, comem toda a comidinha, a raçãozinha dos cachorros, tomam água, pardal também, tem uma infestação de pulga tão grande do nada, mas tão grande que agora eu tenho que fazer atenção, não deixar muita comidinha, porque os pombos estão atacando demais, eu moro na Barão de Itapura e naquela redondeza tem muitas árvores, muito pombo”.

Ovando Provatti é Biólogo da Vigilância Sanitária Leste Campinas, e afirma que apesar da boa vontade por trás de quem alimenta os pombos, isso pode prejudicar as próprias aves. “A orientação é não alimentar essas aves, as pessoas vêem os pombos e acabam imaginando que essas aves estão na cidade precisando muito de alimento e acabam alimentando com qualquer tipo de alimento que elas tiverem disponível, isso, na verdade, acaba causando um problema sério para a saúde das aves, e isso diminui, inclusive, o tempo de vida deles”.

Segundo ele, um pombo normalmente vive cerca de 15 anos, mas na cidade a vida acaba sendo menos curta, e os pombos duram três ou quatro anos. As aves podem apresentar uma ameaça à saúde pública, pois são transmissoras de doenças, como a criptococose, popularmente conhecida como “doença do pombo”, que pode levar até a morte. “E várias doenças são transmitidas por via aérea, você respira um fungo, por exemplo, que é muito comum em pombos, em fezes de pombos, então é muito mais problema que está sendo criado do que uma solução e do que um bem-estar para o animal.

Porém não se deve matar os pombos, e sim, adotar métodos de dispersão e outras medidas que ajudem o controle.

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