A confluência das avenidas John Boyd Dunlop, Prof. Mario Scolari e rua Josepha Júlia Doval de Oliveira, na região do Satélite Íris, está entre os pontos mais perigosos no trânsito de Campinas.
De acordo com dados da Emdec, responsável pelo trânsito na cidade, naquela região, foram 50 acidentes com vítimas não fatais, 50 acidentes sem vítimas, 4 atropelamentos não fatais e 1 fatal, somando 105 sinistros de trânsito entre 2018 e julho de 2023. Esse é considerado o ponto mais crítico de Campinas. No Top 5, a JBD ocupa ainda outras três posições (1º, 2º, 3º e 4º lugares).
Algumas intervenções já foram feitas para tentar aumentar a segurança. Na John Boyd o asfalto é bom, existe sinalização e semáforo para motoristas e pedestres. Próximo a avenida Mário Scolari, em junho deste ano, foi feita uma reconfiguração geométrica do solo e a inversão da mão de direção pra tentar aumentar a segurança. Um trecho de calçada foi aumentado de modo os pedestres tivessem mais espaço para atravessar a rua e os carros não possam virar a direita.
Mesmo assim quem passa por este trecho todos os dias reclama da falta de conscientização dos motoristas, como afirma o aposentado Tadeu dos Santos.
A coletora de recicláveis Rosemeire Bispo Dias conta que há três anos perdeu um sobrinho que morreu após se envolver um acidente quando pilotava uma moto. Ela conta que a falta de responsabilidade ainda é muito grande.
O especialista em mobilidade urbana Renato Campestrin fala que no caso dos motociclistas a prática de avançar o sinal vermelho potencializa o risco de acidentes até mesmo com gravidade. Para ele conscientização e fiscalização são as únicas formas de mudar essa realidade a curto prazo.
O estudioso aponta o investimento em educação no trânsito como a melhor forma de mudar este cenário a longo prazo.
