Calor, tempo seco, muita fumaça e mau cheiro. Esse é o cenário descrito por moradores da região do Satélite Íris IV e do Jardim Rossin, no distrito do Campo Grande, em Campinas. Vizinhos de uma usina de processamento de resíduos de compostagem, que preferiram não se identificar, relataram à reportagem da CBN que o material orgânico está queimando desde o último domingo (24), e liberando um cheiro forte nos arredores.
Outra moradora do Jardim Rossin conta que as queimadas neste terreno acontecem com frequência, mas no último domingo, a proporção foi maior. A vizinhança precisou acionar o Corpo de Bombeiros para o combate às chamas.
Em nota, a empresa AgroDKV, responsável pela área, explicou que a usina atua na região desde 2007, e mantém um estoque de poda, que é utilizado para a adição de carbono no processo de compostagem. No último domingo (24), de acordo com a empresa, ‘pessoas mau intencionadas’ entraram na usina e colocaram fogo no estoque de poda. A operação é circundada por um grande aceiro, que impede o fogo de se propagar pela empresa ou para fora da área.
Assim que o incêndio foi detectado, a brigada da empresa e o Corpo de Bombeiros foram acionados e contiveram o fogo dentro do aceiro do estoque, porém a queima dos tecidos vegetais libera muita fumaça, o que resultou no cheiro forte da queima da madeira. A empresa esclareceu ainda que não foi a primeira vez que pessoas invadiram a fazenda e colocaram fogo na poda.
Estes atos criminosos, segundo a AgroDKV, causaram grande prejuízo financeiro e operacional. A empresa informou que está investindo em tecnologia de imagens para detectar os invasores e encaminhar os registros à polícia.
Para a operação, a usina utiliza resíduos orgânicos como restos de alimentos de restaurantes, mercados, feiras e poda. A empresa afirma que é licenciada pela Cetesb, pelo Ibama e Ministério da Agricultura e Pecuária.