Nenhuma empresa de transporte coletivo, nem mesmo as que operam hoje na cidade, apresentaram propostas para participar da nova licitação dos ônibus, aberta pela prefeitura depois de vários anos de indecisão.
A audiência pública de abertura dos envelopes, marcada para esta quarta-feira, só demorou mais de 40 minutos por causa dos trâmites de registro da ata, obrigatória em pregões de serviços que custam caro para a cidade.
Nem o presidente atual da Emdec, Vinícius Riverete, e o secretário de Transportes, Fernando de Caires, compareceram à audiência pública.
O presidente da mesa, André Aranha Ribeiro, que já foi presidente da Emdec em gestões passadas, leu o resultado.
A CBN Campinas já havia adiantado logo cedo o resultado da licitação. A reportagem apurou que as atuais empresas não concordavam com a planilha de custos apresentadas pela Emdec, com uma estimativa de valor de R$ 8,2 bilhões.
Ainda conforme a apuração da CBN, aponta que algumas linhas propostas pelo sistema seriam muito caras para operar, e a obrigatoriedade de ônibus elétricos, tecnologia que ainda não está exatamente consolidada no país, desagradaram os empresários atuais.
A divisão da licitação em dois lotes com três áreas operacionais também desagradou donos de companhias de transporte de fora da cidade, que poderiam ter algum tipo de interesse em apresentar propostas em Campinas.
O edital da licitação do transporte coletivo foi publicado no último dia 14 de julho, com todas as sugestões apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
O processo se arrasta há quase 10 anos, quando o próprio TCE julgou irregular a antiga licitação, feita em 2004, que criou o sistema InterCamp.
Atualmente, as empresas operam com contratos provisórios, mesmo contra a vontade do Ministério Público, que queria um contrato emergencial licitado.
Em nota, a prefeitura considerou “estranha” a ausência das empresas e agora avalia os próximos passos a serem tomados.
