O número de agressões de idosos vem crescendo nos últimos anos em Campinas. Em 2021, 96 casos foram registrados. Já em 2022, foram 167 registros, uma alta de 73%, de acordo com o Sistema de Notificação de Violência (SISNOV) .
Isso significa que a cada 72 horas um idoso sofreu violência em Campinas no ano passado. A legislação brasileira considera idosa aquela pessoa a partir de 60 anos, mas esses casos registrados na cidade são apenas de pessoas entre 60 e 97 anos.
A maior quantidade de agressões envolve mulheres. Em 2022, elas representaram 68% dos casos. Além disso, a violência física domina as denúncias: 65 casos no ano passado. E os prováveis autores são normalmente os filhos.
De acordo com o prefeito de Campinas, Dário Saadi, as denúncias são de extrema importância e podem ser feitas por qualquer canal de assistência do município.
Pensando nesses altos números de agressões, foi inaugurado o Centro Dia da Pessoa Idosa Maria Gonzalez Alvarez, o primeiro de Campinas, no Jardim do Lago II, na região Sul. O serviço é voltado para idosos que se encontram em violação de direitos ou em risco.
Maria Gonzalez Alvarez foi presidente do Conselho Municipal do Idoso (CMI) em 2008. Ela nasceu em São Paulo, mas foi uma figura importante de Campinas, onde chegou na década de 1970. Foi Costureira, comerciante, mãe de três filhos, faleceu aos 81 anos.
Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas, Vandecleya Moro, o Centro Dia tem como propósito o acolhimento, inclusão e melhoria da qualidade de vida para os idosos e para as famílias
A unidade é fruto da parceria entre a Administração Pública Municipal e o CMI, que destinou R$ 2 milhões para a construção e início das atividades do Primeiro Centro Dia da Pessoa Idosa do Município, com capacidade diária de 30 usuários e deve acolher 50 pessoas por mês.
