Profissionais de enfermagem da Rede Mário Gatti entram em greve

Foto: Thayla Ramos/ CBN Campinas

Profissionais de enfermagem da Rede Mário Gatti, autarquia municipal responsável pela gestão de pronto atendimentos e pronto-socorros de Campinas, entraram em greve nesta terça-feira (17). A categoria pede que a Prefeitura de Campinas repasse aos profissionais o dinheiro enviado pelo Ministério da Saúde ao município para cumprir o piso nacional da enfermagem.

A paralisação afetou o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento São José, Anchieta e Campo Grande. Evanir Gonçalves, técnica de enfermagem da UPA São José, conta que os profissionais precisam dobrar a jornada de trabalho para complementar a renda.

Greve também afeta atendimento na UPA São José, em Campinas. Foto: Thayla Ramos/ CBN Campinas

A greve também teve adesão nos Hospitais Ouro Verde e Mário Gattinho, onde cerca de 50 profissionais da saúde cruzaram os braços na manhã desta terça-feira (17). Um deles é o técnico de enfermagem Nilson Donizete de Souza, que chega a trabalhar até 18 horas por dia.

Nas unidades afetadas, a greve teve adesão total dos trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas, o Sinsaúde, apenas o atendimento nos plantões de urgência e emergência foram mantidos, com 30% do quadro de enfermagem, conforme exigido por lei. Em nota, a Rede Mário Gatti informou que até sexta-feira, 20 de outubro, fará o repasse de recursos às empresas que prestam serviços na área de enfermagem. A data já foi informada ao sindicato da categoria, e a administração municipal trabalha para antecipar esse prazo.

Segundo a Prefeitura de Campinas, o repasse dos recursos ocorrerá somente agora porque houve necessidade de cumprir exigências de ordem jurídica. Maria de Lourdes Carvalho, representante do Sinsaúde, afirma, porém, que a greve só terá fim quando os profissionais receberem os pagamentos.

O novo piso salarial é de R$ 4.750 para os enfermeiros; R$ 3.325 para os técnicos de enfermagem; e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.O repasse será referente ao período de cinco meses, de maio a setembro deste ano, e soma R$ 1,84 milhão.

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