A Polícia Civil deve ouvir nesta quarta-feira o médico que atendeu, já no hospital, a fotógrafa que morreu após um procedimento estético em Cosmópolis.
Ela sofreu uma parada cardíaca depois da anestesia e morreu após ficar internada.
Roberta Correa procurou a clínica em 9 de outubro, para fazer um endolaser, técnica que usa laser para remover gordura localizada e diminuir a flacidez.
Ela teria sentido um mal-estar logo após a aplicação da anestesia.
Socorrida e levada para a Santa Casa da cidade e, alguns dias depois, em 13 de outubro, teve morte cerebral.
O caso é investigado pela Polícia Civil e várias pessoas já foram ouvidas.
Agora a investigação intimou o médico que atendeu Roberta já na Santa Casa para prestar depoimento, o que deve ocorrer nesta quarta às 15h30.
Ele deve detalhar os sintomas e como foi o atendimento da vítima no hospital, o que pode ajudar nas investigações.
Isabella Dourado Fernandes, esteticista e cosmetóloga, e Vanuza de Aguilar Takata, biomédica, afirmaram em seus depoimentos que aprenderam técnicas de primeiros socorros em cursos que fizeram, mas optaram por acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência para levá-la a um hospital.
Também já foram colhidos depoimentos de familiares de Roberta, além de socorristas e um dos médicos que atendeu a vítima na Santa Casa.
Embora ainda mais pessoas para ouvir, o laudo necroscópico, que vai apontar a causa da morte, é crucial para a conclusão do inquérito.
O advogado de Isabella, Rodrigo Feitosa Lopes, reforçou que ela possui todas as habilitações profissionais exigidas em lei, incluindo o curso para aplicação de endolaser, e que os documentos que comprovam isso foram entregues à polícia.
A defesa também apontou que, embora seja minimamente invasivo, esse procedimento, assim como outras técnicas, não está isento de eventuais riscos, embora eles sejam raríssimos.
O advogado de Vanuza, João Paulo Sangion, disse que Roberta teria dito que tinha melhorado, antes de um desconforto, e depois convulsionou.
Em nota divulgada após a morte de Roberta, a biomédica afirmou que a paciente passou mal no início da aplicação do anestésico, realizado pela outra profissional. E que “o socorro foi prestado imediatamente e as profissionais colocaram-se à disposição para todas as necessidades e averiguações”.
O conselho informou que, até o momento, não há registro de irregularidades durante a atividade profissional dela. No entanto, o CRBM1 também apura o caso.