A Polícia Federal já registrou neste ano a apreensão de 196 kg de drogas no Aeroporto Internacional de Viracopos. Ao todo, 39 pessoas foram presas tentando embarcar no aeroporto de Campinas levando drogas. Segundo a PF, desde março deste ano houve um aumento de 33% no efetivo em Viracopos, e isso aliado a parcerias, como com a Receita Federal, Baep, Guarda Municipal e outros órgãos, ajudou a melhorar o trabalho de fiscalização.
O delegado-chefe da PF em Viracopos, Fábio Simões, relata como tem sido o trabalho. “Há o serviço de inteligência, mas também há o serviço de identificação daquele que tenta se aventurar, levar droga e é pego na fiscalização. Estamos fiscalizando 100% da bagagem. Existe o raio-X, existe a entrevista aos passageiros, existe o canil da Receita Federal, que está lá diariamente nos auxiliando. Muitos passageiros demonstram um nervosismo em excesso, isso já é um indício que há algo errado.”
Segundo a PF, o trabalho é realizado de forma a tentar causar o menor impacto possível nos voos, evitando atrasos. A inspeção das malas, por exemplo, ocorre após elas serem despachadas. As pessoas presas tentando embarcar com drogas em Viracopos apresentam um perfil similar: geralmente jovens, sem passagem pela polícia, e que não são de Campinas, inclusive em boa parte das vezes essas pessoas são estrangeiras. As drogas geralmente são escondidas na bagagem, ou presas ao corpo das pessoas, sob a roupa, e em alguns casos até mesmo ingeridas.
O delegado-chefe da Polícia Federal em Campinas, Edson Geraldo de Souza, afirma que novos investimentos estão sendo realizados pela PF para intensificar ainda mais a fiscalização em Viracopos. “De tempos em tempos nós damos um salto de qualidade no trabalho, então agora nós programamos para novembro um novo salto, um novo aperfeiçoamento da rotina de trabalho. Então o que pretende-se, aumentar ainda mais a intensificação, e depois em março implantar novas tecnologias, inclusive vindas por meio de uma agência internacional de segurança da aviação, e que virá diretamente dos Estados Unidos para ser implantado, aumentando a nossa capacidade de verificação de passageiros”. Ele destaca ainda que a PF segue trabalhando para prender não apenas com as chamadas “mulas”, ou seja, os transportadores de drogas, mas também as pessoas que financiam e organizam essas ações.