O médico que atendeu a fotógrafa Roberta Corrêa, que morreu durante um procedimento estético em Cosmópolis, foi o último ouvido pela Polícia Civil, nesta quarta-feira, no inquérito que investiga as responsabilidades pelo ocorrido.
No total, 11 pessoas prestaram depoimento. Além do médico, que atendeu a paciente já na UTI, a investigação ouviu a dona do salão onde o procedimento foi feito, três funcionárias, duas socorristas, uma biomédica, uma esteticista, a prima e o marido de Roberta.
A fotógrafa procurou a clínica no dia 9 de outubro, para fazer um endolaser, técnica que usa laser para remover gordura localizada e diminuir a flacidez. Ela teria sentido um mal-estar logo após a aplicação da anestesia, sofrendo uma parada cardíaca. Ela morreu quatro dias depois, na Santa Casa de Cosmópolis.
O delegado responsável pela investigação, Fernando Periolo, informou que todos os depoimentos já foram colhidos e ainda não é possível afirmar se Isabella Dourado Fernandes, esteticista, e Vanuza de Aguilar Takata, biomédica, serão indiciadas. A Polícia, ambas afirmaram que aprenderam técnicas de primeiros socorros em cursos que fizeram, mas optaram por acionar o SAMU para levá-la a um hospital.
Segundo o delegado, o laudo necroscópico, que vai apontar a causa da morte, é crucial para a conclusão do inquérito.
O advogado de Isabella, Rodrigo Feitosa Lopes, afirmou que a esteticista tem todas as habilitações profissionais exigidas em lei, incluindo o curso para aplicação de endolaser, e que os documentos que comprovam isso foram entregues à polícia.
O advogado da biomédica Vanuza, João Paulo Sangion, disse que Roberta teria dito que tinha melhorado, antes de um desconforto, e depois convulsionou.
O Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região informou que, até o momento, não existe registro de irregularidades durante a atividade profissional de Vanuza, mas também apura o caso.
