A CPP (Comissão Processante Permanente) da Unicamp, avalia a possibilidade de exonerar o professor que se envolveu em uma confusão dentro do Campus, em Campinas, na última segunda-feira.
O prazo para a conclusão dos trabalhos da CPP é de 60 dias, com possibilidade de prorrogação por igual período, segundo a universidade.
O anúncio da abertura do Processo Administrativo Disciplinar contra o professor Rafael de Freitas Leão, foi feito nesta quarta-feira, pela Unicamp
Em nota, o Reitor da Unicamp, Antônio José de Almeida Meirelles explicou que a reitoria da universidade decidiu adotar o processo administrativo por conta “da materialidade verificada e a autoria definida”.
Segundo ele, o relatório elaborado pela Secretaria de Vivência nos Campi, órgão responsável pela segurança na Universidade, revela que o professor portava a arma e um spray de pimenta quando abordou o aluno.
Já segundo a defesa do professor, quando Rafael chegou na instituição pela manhã, viu um grupo de alunos se aglomerando na entrada da sala. Segundo o Boletim de Ocorrência, ao tentar entrar na sala, foi abordado pelo estudante Gustavo Bispo, que teria dito que ele não daria aula em decorrência da paralisação.
No depoimento, Leão diz que o aluno o empurrou e, por esse motivo, pegou a faca e o spray de pimenta. O rapaz teria se afastado e ele guardado o armamento. O docente afirmou que muitos jovens se aglomeraram ao seu redor, incluindo João, amigo de Gustavo, que teria chamado os alunos para avançarem contra ele. Por medo de ser linchado, contou que usou o spray de pimenta. Seguranças se aproximaram e o levaram para uma sala, onde esperou a Polícia Militar.
De acordo com a Unicamp, o professor Rafael Leão será afastado das atividades didáticas do segundo semestre desse ano.