Um mandado de busca e apreensão foi cumprido nesta terça-feira em um endereço de Indaiatuba, como parte da Operação Illusio, da Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal e Ministério do Trabalho.
O objetivo é desmantelar uma quadrilha que atua na falsificação e contrabando de cigarros de marcas paraguaias, tráfico de pessoas, trabalho escravo, falsificação e uso de documentos falsos e crimes contra as relações de consumo.
Ao todo são 11 mandados de prisão preventiva, 13 de prisão temporária e 35 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça de Belo Horizonte, Minas Gerais. Na nossa região, Indaiatuba é a única cidade listada. O mandado foi cumprido em uma gráfica, que, segundo a investigação, seria responsável por imprimir as embalagens dos cigarros.
A partir de investigação realizada pela Polícia Federal e acompanhamento do esquema criminoso pela Receita Federal foi possível identificar toda a cadeia de produção dos cigarros clandestinos na região de Divinópolis, em Minas, além de toda a organização criminosa envolvida no esquema de fabricação de cigarros paraguaios falsos.
Foi revelado que a quadrilha, chefiada por um empresário de Barueri, trazia trabalhadores no Paraguai para fábricas clandestinas no Brasil, onde eram submetidos a condições de trabalho semelhantes à escravidão.
Eles não podiam sair, ficavam incomunicáveis com as famílias, tinham telefones confiscados e eram impedidos de ter qualquer acesso ou contato com o mundo exterior.
Eles sequer sabiam o local em que se encontravam, pois eram conduzidos até as fábricas com olhos vendados.
A distribuição dos cigarros falsos era escondiam, feita em caminhões com cargas de calçados produzidos na região de Nova Serrana, também em Minas.
O nome da operação se refere a “ilusão”, uma vez que os cigarros falsificados eram vendidos ao consumidor final como se fossem cigarros contrabandeados produzidos no Paraguai.
