A Polícia Civil enviou nesta segunda-feira ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público, o relatório da investigação do caso da fotógrafa e influenciadora digital Roberta Correa, que morreu em outubro após a realização de um procedimento estético em uma clínica particular de Cosmópolis.
As profissionais que realizaram o procedimento estético foram indiciadas na última quinta-feira pela Polícia Civil por homicídio doloso (dolo eventual) e omissão de socorro.
O procedimento foi realizado pela biomédica Vanuza de Aguilar Takata e pela esteticista Isabella Dourado Fernandes.
O relatório é um resumo do que foi apurado no inquérito policial que foi encerrado. A partir do documento, a promotoria vai verificar se arquiva ou denuncia as suspeitas para a Justiça.
O que a Polícia Civil apontou é que o local onde foi feito o procedimento não era adequado. A investigação apurou que a sala sublocada do salão não tinha equipamento para medir a pressão arterial, um oxímetro, um estetoscópio, itens básicos de primeiros socorros. Na avaliação, houve uma demora para identificar o que Roberta Correa estava sofrendo e abrir chamado para que socorristas levassem a fotógrafa até o hospital.
A defesa da biomédica Vanuza de Aguilar Takata, por meio do advogado João Paulo Sangion, afirmou que “apresentará as considerações finais escritas ao MP sobre as diligências e provas produzidas, juntamente com um parecer técnico médico”.
Já a defesa da esteticista Isabella Dourado Fernandes disse que ela tem todas as habilitações para o procedimento e que ele é seguro, mas não está isento de riscos ou complicações. Disse, ainda, que Roberta preencheu a ficha de anamnese e informou que não tinha nenhum tipo de alergia. O advogado, Rodrigo Feitosa Lopes, informou que discorda da decisão do indiciamento.