O Pembrolizumabe, medicamento que teve 79 caixas furtadas da farmácia do Departamento Regional de Saúde em Campinas, é um imunoterápico ultramoderno usado contra vários tipos de cânceres, como o de pulmão, pele, laringe, faringe, estômago e bexiga.
Cada caixa do produto custou aos cofres do governo de São Paulo R$ 14 mil, totalizando R$ 1,1 milhão de prejuízo.
A Polícia Civil investiga o caso e a Secretaria Estadual de Saúde diz vai remanejar o medicamento de outras regiões aos pacientes afetados e afirmou que colabora com as investigações.
Instituído nos últimos dez anos aqui no Brasil, o medicamento estimula o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas. Sem o remédio, pacientes podem ter prejuízos no tratamento.
Hoje, o único tratamento para o câncer melanoma metastático, que é um câncer de pele, é feito através da imunoterapia. E, dentre as imunoterapias, a primeira linha de tratamento é com o Pembrolizumabe.
O medicamento ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A suspeita é que as caixas furtadas da farmácia do Estado eram de pacientes que conseguiram após ordens judiciais.
O furto de 79 caixas do medicamento contra o câncer foi comunicado à Polícia Civil nesta quinta-feira por uma diretora do Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS VII), órgão do governo do Estado.
A Secretaria Estadual de Saúde foi procurada para saber por que a pasta demorou oito dias para registrar o caso na Polícia Civil e também se havia falhas na segurança no momento do crime.
Em nota, a pasta se limitou a dizer que, “assim que teve conhecimento de que se tratava de um furto, tomou todas as providências cabíveis, incluindo o registro do Boletim de Ocorrência e a abertura de um novo processo licitatório para a aquisição dos medicamentos”.