Após registrar seis quedas seguidas, entre maio e outubro de 2023, o preço do leite pago aos produtores subiu 1,3% no fim do ano. É o que indica uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq – campus da Universidade de São Paulo (USP) – em Piracicaba.
O clima adverso, com registros de seca em algumas regiões do país e excesso de chuvas em outras, impactaram no volume de leite produzido.
Os consumidores já sentem esse impacto no bolso. A Rosa Rossoti é aposentada e conta que está caro ir ao mercado ultimamente.
Quem ainda encontrou uma promoção foi a Camila Capuci. Mas mesmo assim, a auxiliar financeira concorda que os preços subiram.
No fim do ano, o preço do litro do leite fechou em R$ 1,99 no valor da “Média Brasil” líquida, que não consideram fretes e impostos. Os estados que compõem a “Média Brasil” são Minas Gerais, Goiás, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.
O que explica essa mudança no preço, segundo a pesquisa, é que até outubro, houve uma desvalorização do produto por conta de um excesso de oferta – como, por exemplo, um aumento da produção doméstica. Porém, o fator começou a cair em novembro, o que explica a mudança nos preços.
A continuidade do movimento nos próximos meses vai depender da reação do consumo e dos volumes importados.
