BAEP faz operação para prender suspeito de ataques às polícias em 2006

Foto: BAEP/Divulgação

O BAEP, Batalhão de Ações Especiais de Polícia, faz, nesta quarta-feira, uma operação em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco do Ministério Público, para apurar os ataques às forças policiais orquestrados por uma facção criminosa em 2006.

Buscas e um mandado de prisão são cumpridos em uma casa no bairro Vale Verde, em Valinhos.

O alvo é um homem foragido desde 2005. Na casa, foi localizada uma pistola calibre 9 milímetros e munição. As buscas também continuam.

Conforme o BAEP, o homem também é acusado de participar na tentativa de roubo a três agências bancárias de Araçatuba, que terminou com três pessoas mortas em 2021, e também na cidade de Confresa, no Mato Grosso, em maio do ano passado.

Iniciada na noite de 12 de maio de 2006, uma sexta-feira, a onda de atentados contra forças de segurança e alguns alvos civis com origem no estado de São Paulo por ordem da facção criminosa.

Os ataques, que ficaram conhecidos como “Crimes de Maio”, tomaram uma repercussão na mídia brasileira e foram destaque na mídia internacional durante os dias do ocorrido.

Em todo o Estado, 564 pessoas foram mortas e 110 ficaram feridas entre 12 e 21 de maio de 2006, do quais 505 eram civis e 59 agentes públicos.

No dia anterior ao início dos ataques, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo havia decidido transferir 765 presos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau, unidade de segurança máxima localizada no interior paulista, depois que escutas telefônicas terem revelado que facções criminosas planejavam rebeliões para o Dia das Mães daquele ano.

Entre os presos a serem transferidos estava Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, considerado o chefe da facção na época. Em represália, a facção articulou rebeliões em 74 penitenciárias paulistas e, já na madrugada do dia 12, agentes de segurança pública, viaturas, delegacias de polícia, cadeias e prédios públicos passaram a ser alvo de ataques de criminosos.

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