O comércio da região central de Campinas tem sofrido bastante com problemas relacionados a diminuição de público, insegurança, grande presença de pessoas em situação de rua e a concorrência com o comércio eletrônico. Essa situação, segundo os comerciantes, se agravou após a pandemia de Covid-19. Para quem trabalha no final da Rua 13 de Maio, principal corredor comercial Centro, a sensação de abandono é maior.
Dono de uma lanchonete na 13, bem em frente a Estação Cultura, o comerciante Elias Penéze conta que após modificações em pontos de ônibus próximos ao comércio dele o movimento caiu em torno de 70%.
A esperança do seo Elias é que agora o projeto do trem que vai ligar Campinas a São Paulo finalmente saia do papel e traga muitos usuários novamente para esta região da Estação.
A vendedora Maria Naiara também na trabalha no trecho da Rua 13 de Maio próximo a Estação Cultura. Ela conta que atualmente a insegurança coloca em risco o trabalho dela afasta os consumidores.
Além de melhorias nos arredores da 13 de maio, a Estação Cultura, que funciona em um prédio construído em 1884, deve passar por reformas para implantação de bilheterias, áreas de embarque e desembarque e um túnel que levará os passageiros aos trilhos.
Trilhos que no passado já foram sinônimo de progresso e que transportaram centenas de passageiros como o aposentado Luís Marcos Justino. Aos 64 anos ele lembra com saudade o tempo em que pegar o trem era parte de seu cotidiano.
O leilão do Trem Intercidades está previsto para acontecer nesta quinta-feira (29). O serviço expresso ligará Campinas a São Paulo fazendo uma parada em Jundiaí. Já o Trem Intermetropolitano vai de Jundiaí a Campinas e atende também Louveira, Vinhedo e Valinhos.
