Aos poucos a situação do Guarani vai ficando mais tranquila dentro de campo. O empate com o São Paulo, na última rodada, 1 a 1, deixou a equipe mais tranquila com relação a fuga do rebaixamento.
O Bugre só depende das próprias forças para permanecer. Restam duas rodadas, a equipe enfrenta o Botafogo em Ribeirão Preto e o Red Bull Bragantino em Campinas.
Segundo cálculos matemáticos, mais quatro pontos sacramentam o time de Campinas na primeira divisão.
Fora de campo, as notícias também são satisfatórias. Uma assembleia geral de credores realizada na tarde desta terça-feira aprovou o plano de recuperação judicial elaborado pelo clube para pagar aproximadamente R$ 61 milhões entre dívidas cíveis e trabalhistas.
O clube conta 400 credores, que participaram da votação. Apenas 21 foram contra o acordo.
“Foram dois anos de trabalho diário para chegarmos nessa assembleia e começarmos a escrever uma nova página na história do Guarani”, disse Fábio Araújo, que representou o clube, ao lado do CEO Ricardo Moisés.
Dos R$ 61 milhões, que significam a dívida total, R$ 15 milhões são relacionados a área trabalhista. Quem cobra até 180 salários mínimos vai receber em até 36 parcelas mensais. Acima desse valor, o acordo prevê receber a diferença com 70% de desconto.
A dívida cível terá mais um tempo para o clube se organizar. o Guarani vai começar a pagar daqui um ano e meio e tem até 12 anos para terminar. Estão incluídos no pacote cível os passivos de R$ 38 milhões com credores quirografários (que são aqueles sem prioridade) e R$ 8 milhões com credores de médias e pequenas empresas.