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Homens são mais suscetíveis a ISTs em Piracicaba, aponta estudo

Foto: Pexels

O número de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em homens é até 64% maior do que os registros em mulheres entre os anos de 2019 e 2022 em Piracicaba. É o que revela um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde, a pedido do portal g1.

Esse cenário não é exclusividade do munícipio e reflete uma tendência comum no estado de São Paulo e no país. É fundamental o conhecimento disso para lembrarmos da prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), o Dia Mundial do Preservativo é lembrado em 13 de fevereiro.

Em análise dos dados, a secretaria de Saúde avalia tendências, como o percentual de casos em homens ser maior que o registro dessas doenças mulheres, a importância da prevenção, bem como motivos pelos quais algumas populações são vulneráveis.

Em todo o Estado de São Paulo e, também, em âmbito nacional, o perfil de boletim epidemiológico segue a mesma tendência, com números mais expressivos de ISTs em pessoas do sexo masculino em relação ao sexo feminino.

Se analisarmos os dados em si, percebemos algumas variações importantes. Em 2022, foram 408 homens diagnosticados com ISTs. Em 2023, o número caiu para 202. Mas, o número de casos em mulheres aumentou: de 223 em 2022 para 245 no ano passado.

A maior parte dos homens que configuram os números de ISTs se declaram gays ou que fazem sexo com outros homens. Essa população sofre com a estigmas e preconceito desde o início da epidemia da HIV no Brasil décadas atrás. Por isso, acaba se tornando muito vulnerável já que toda a discriminação os afasta do serviço de saúde.

Entre os dados fornecidos ao g1, os registros de sífilis em mulheres grávidas foi o que chamou a atenção. No período de cinco anos, foram 984 registros de ISTs em mulheres e, desse total, 47,6% foram do tipo sífilis em mulheres que passavam por uma gestação. Um dos motivos apontados pela prefeitura para este alto número é a obrigatoriedade do exame durante o pré-natal. E isso acontece por falta de cuidado e da checagem da saúde sexual delas. Caso testem positivo durante a gestação, é realizado tratamento para que o feto não sofra complicações.

A forma de prevenção é a clássica, com preservativos, e também vacinas, como a contra o HPV, e a chamada prevenção combinada, como a profilaxia pré-exposição ao HIV (Prep), a profilaxia pós-exposição (PEP).

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