A procura pela vacina Qdenga, produzida pela biofarmacêutica japonesa Takeda, disparou nas farmácias do país nos últimos meses. O SUS prevê começar a aplicação das doses em fevereiro, mas a quantidade é suficiente para atender apenas o público de 10 a 14 anos. Campinas está fora da lista de municípios contemplados pelo Ministério da Saúde. Com a limitação na rede pública, a rede privada se tornou uma alternativa.
Quem procurar pelo imunizante nas drogarias de Campinas vai encontrar a dose, em média, por R$ 350. Por enquanto, a prescrição médica é obrigatória. A Qdenga é aplicada em duas etapas, com intervalo de 90 dias, e pode ser usada tanto em quem nunca teve a doença, quanto em quem já teve. Segundo a fabricante, a eficácia é de 80% e a proteção dura 12 meses.
Kefren Júnior, Gerente Executivo de Negócios do Grupo DPSP, que reúne duas grandes marcas com mais de 1.500 farmácias em dez estados brasileiros, conta que a maior alta nas vendas foi registrada entre outubro e janeiro.
Já nas farmácias de outra rede brasileira, que reúne duas grandes marcas, a procura pela Qdenga subiu 400% de novembro de 2023 a janeiro de 2024. Cada dose também custa R$ 349,90, com parcelamento em dez vezes. Grávidas, mulheres que amamentam e pessoas com imunodeficiência ou que fazem tratamento imunossupressor não podem tomar a vacina. Nas drogarias da rede, o imunizante é aplicado em pessoas de 4 a 60 anos.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil é o país que mais registra casos de dengue no mundo. Em 2023, foram 2,9 milhões de casos e pelo menos 1.094 mortes. Em Campinas, já são 1.483 casos confirmados em 2024, segundo o painel municipal de arboviroses.
Neste sábado (3), a Secretaria de Saúde fará o 4º mutirão deste ano para combate à dengue, a partir das 8h. A ação ocorre no Jardim Pauliceia e trechos da Vila Castelo Branco e dos jardins Anchieta, Campos Elíseos, Nova Morada e Roseira. Os locais foram escolhidos por causa do número de casos confirmados ou suspeitos de dengue nos últimos sete dias.
O mutirão vai reunir 100 agentes da Saúde, que usarão uniforme com camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. O pedido da administração municipal é para que os moradores colaborem e permitam a entrada das equipes.
A Prefeitura repetirá a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros do mosquito Aedes aegypti, como piscinas e caixas d’água. Chaveiros podem ser acionados em imóveis desocupados ou em situação de abandono – medida que está respaldada em decisão judicial.