Parte das 400 esferas de concreto instaladas durante as obras de revitalização da Avenida Campos Sales, em Campinas, serão substituídas por floreiras. Chamadas de balizadores de tráfego, as ‘bolas’ de concreto foram colocadas recentemente, mas causaram estranhamento para quem frequenta a região.
Segundo a Prefeitura, as esferas servem para demarcar a extensão dos passeios e proteger o ciclista, separando a área de circulação de veículos da faixa destinada às bicicletas. Agora, porém, a administração municipal anunciou que 50 dessas esferas serão substituídas por floreiras, quando o paisagismo da avenida começar a ser implantado, em uma etapa posterior da obra, sob responsabilidade da Secretaria de Serviços Públicos.
Regina Shimabukuro, usuária do transporte coletivo, acreditava que as esferas de concreto eram apenas decorativas, e não havia entendido a função dos objetos. Ela aprova a substituição de algumas delas por floreiras.
Já o comerciante Élcio Ribeiro acredita que as esferas de concreto cumprem bem a função de delimitar o trânsito, e é reticente quanto a substituição por floreiras.
Outra comerciante da Avenida Campos Salles, que preferiu não se identificar, afirma que as ‘bolas de concreto’ têm causado acidentes com idosos, que tropeçam nas estruturas. A lojista afirma ainda que as mudanças no trânsito ajudaram a reduzir o movimento de clientes nas lojas da avenida. A queda chegou a 60%.
Em nota, a Emdec, responsável pelo trânsito em Campinas, esclareceu que a troca das esferas por floreiras é parcial. Além disso, as floreiras já estavam previstas na repaginação da Avenida Campos Sales.
A troca ocorrerá à medida que o projeto de paisagismo for executado. Neste momento, essas esferas foram colocadas nos locais onde as floreiras ficarão no futuro, para que não haja um espaço vazio que comprometa a segurança viária e o isolamento da ciclofaixa da faixa de rolamento.
As esferas custam R$ 95 a unidade. De acordo com a empresa, a instalação é fruto de uma contrapartida de um empreendimento habitacional, portanto, não há custo aos cofres públicos.
Ainda segundo a Emdec, as esferas retiradas não serão “dinheiro perdido”. Elas comporão o estoque e serão reutilizadas na própria manutenção de esferas que, eventualmente, forem danificadas e precisem de troca.