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Cresce concessão de medidas protetivas na região, mas feminicídios continuam em alta

Foto: Arquivo CBN

A concessão de medidas protetivas cresceu em cinco cidades da região de Campinas. Só em janeiro deste ano, Campinas, Indaiatuba, Limeira, Piracicaba e Sumaré registraram 325 medidas protetivas de urgência concedidas pelo Tribunal de Justiça. O número é 32,11% maior que o registrado em janeiro de 2023.

Em fevereiro, as cidades também registraram aumento no comparativo com o ano passado. O número saltou de 290 emissões em 2023 para 333 neste ano. Apesar disso, a região continua registrando tentativas e casos de feminicídio.

Em Campinas, o mais recente ocorreu no último domingo, na Vila Bradina. A vítima é Andressa Vieira, de 29 anos, que tentou intervir em uma briga entre a amiga e o namorado. O homem pegou uma faca e, com a intenção de atingir a companheira, esfaqueou a amiga, que morreu no local. Ele foi preso pela Polícia Militar.

Outro caso que chamou a atenção nos últimos dias foi o do ‘suposto’ influenciador Kaick Felix, que tentou matar a ex-namorada com 10 facadas em Itatiba, depois de invadir a casa dela. Ele estava proibido de se aproximar da ex, que havia conseguido na Justiça uma medida protetiva.

André Santos Pereira, delegado de polícia e presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), opina que nem sempre as medidas protetivas de urgência têm plena eficácia no cotidiano.

O delegado, que também é especialista em Segurança Pública, cita o baixo efetivo das polícias civil e militar, além da falta de investimentos do poder público, como as principais causas para as falhas.

O especialista explica que as ocorrências de violência contra a mulher podem ser registradas online, assim como o processo de emissão das medidas protetivas pode ser feito pela internet.

Somente em janeiro deste ano, foram registrados 15 casos de feminicídio em todo o interior de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

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