A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira, a Operação Philanthropía, que investiga desvio de dinheiro público repassado a uma instituição beneficente que tem sede em Jundiaí.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Jundiaí e um em São Paulo. De acordo com o delegado da PF Edson de Souza, os mandados não foram de prisão por conta do tempo que é estabelecido para a polícia terminar a investigação.
A investigação começou em março do ano passado e trouxe indícios de que os gestores da instituição utilizaram empresas de fachada para desviar parte dos valores, em benefício próprio, durante os anos de 2021 e 2023,, chegando a aproximadamente R$ 800 mil, inclusive de convênios federais e emendas parlamentares.
As empresas, que não existiam de verdade, teriam sido utilizadas para simular a prestação de serviços à instituição beneficente, recebendo por isso consideráveis pagamentos.Esses recursos, pagos como contraprestação por serviços que aparentemente nunca foram prestados, foram canalizados para uso em benefício próprio da gestora da instituição.
Para não prejudicar as investigações, os nomes dos suspeitos e da instituição não foram divulgados. Além disso, o delegado informa que, apesar da gestão fraudulenta, a instituição, de fato, realiza ações beneficentes e não há nada contra ela.
Além das buscas, a Justiça Federal também autorizou o congelamento de bens dos investigados, quatro pessoas físicas e duas pessoas jurídicas.
A palavra grega philanthropía que dá nome à operação significa amor à humanidade, refletindo o compromisso com a justiça e o cuidado para com as pessoas. A pena prevista para o crime investigado, peculato, pode chegar a 12 anos de prisão.