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Caso da mulher que levou morto a banco de Campinas: arquivamento e pensão

Foto: Arquivo/Reprodução/EPTV

O caso da mulher que levou um idoso de 92 anos morto a uma agência bancária de Campinas, em 2020, para fazer “prova de vida” e retirar a aposentadoria dele foi arquivado pela Justiça, a pedido do Ministério Público.

Apontada como suspeita da tentativa de fraude à época, Josefa de Souza Mathias, de 58 anos, que se apresentou como companheira do homem, teve, por meio de uma decisão judicial de agosto do ano passado, o pagamento da pensão por morte. O MP entendeu que “não houve crime” e o casal tinha uma união estável.

O caso aconteceu no dia 2 de outubro de 2020. Segundo o Boletim de Ocorrência, a mulher alegou ao banco que tinha perdido a senha de letras da conta do companheiro. Por isso, o banco informou ser necessário ir até a agência para fazer a prova de vida como medida de segurança.

Ao chegar na agência, na tentativa de apressar o atendimento, a mulher disse que o homem estava passando mal, e os bombeiros foram acionados para ajudá-lo.

Foi quando eles constataram que o idoso não só estava morto, como o óbito teria ocorrido havia algum tempo: segundo o boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros e o médico do Samu notaram que ele estava em estado cadavérico e com inchaço nos pés.

A partir do registro da ocorrência, o 1º Distrito Policial de Campinas iniciou a investigação para apurar o que aconteceu. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o inquérito foi relatado à Justiça em 6 de novembro de 2022.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Campinas pediu o indiciamento da mulher por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. No entanto, o MP não acatou o pedido.

A Promotoria pediu à Justiça o arquivamento do inquérito por entender não haver “ocorrência de crimes”. Em relação à tentativa de furto, o MP observou “crime impossível”, considerando que a vítima, Laércio Della Colleta, estava morto quando a mulher tentou sacar a aposentadoria dele no banco.

A lembrança do caso veio à tona após o registro de uma ocorrência semelhante no Rio de Janeiro. O vídeo de um homem morto dentro de um banco na capital fluminense viralizou e levantou uma série de questionamentos.

Uma mulher de 42 anos, que se diz sobrinha e cuidadora do idoso de 68, tentou fazer ele assinar um empréstimo de R$ 17 mil. Ela foi presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. A defesa da suspeita alega que a vítima chegou viva à agência.

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