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Delegado da DIG alerta sobre a alta de golpes na região

Foto: Reprodução/Polícia Civil

As tentativas de golpes seguem crescendo em todo o país e em nossa região. Segundo a Serasa Experian, no Brasil em fevereiro foram mais de 750 mil tentativas de fraudes nas quais golpistas tentavam se passar por outras pessoas. Mas além desses golpes que ocorrem sem interação com as vítimas, muitos ocorrem com os golpistas dialogando diretamente outras pessoas para enganá-las, tanto pessoalmente, quanto pela internet.

Ainda hoje em dia são aplicados golpes antigos, como o golpe do bilhete premiado, e golpes mais recentes, como o golpe do pix, da troca de cartão e do motoboy. O delegado da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, Luiz Fernando Dias de Oliveira, destaca que a maioria dos golpes ocorre via internet atualmente, mas abordagens diretas seguem acontecendo, tendo preferencialmente como vítimas idosos, e em locais como saídas de agências bancárias. “O estelionatário, a profissão dele é a conversa, a arma dele é a ‘lábia’, seja ela no contato pessoal ou seja ela no contato virtual, que cresceu exponencialmente nos últimos tempos, o estelionatário tenta se adequar ali ao perfil da vítima. Existe uma estratégia, que a gente bem define em criminologia, que é chamada ‘engenharia social’.

E essa engenharia social consiste no estudo que o criminoso faz da vítima, para identificar e estabelecer uma estratégia para o golpe. “Por exemplo, a vítima procura por um empréstimo, então ele vai se adequar, ele vai dizer que ele tem condições de fornecer o empréstimo que é solicitado pela vítima.”

E deve-se ter muito cuidado ao movimentar qualquer quantia de dinheiro para desconhecidos, pois segundo o delegado, infelizmente são raros os casos em que as vítimas recuperam bens ou valores perdidos nos golpes. “É muito raro você conseguir reaver o valor que a vítima perde de ter sofrido um golpe, porque grande parte dos casos compõe o que a gente costuma chamar de cifra negra, que são aqueles casos que sequer chegam a ser registrados. É bastante difícil, porque depois que o valor é entregue em espécie para o estelionatário ou ele cai numa determinada conta, muitas vezes essa conta foi aberta só para essa finalidade.”

Em grande parte dos casos, os golpistas, se identificados, são enquadrados no crime de estelionato, com penas que variam de um a cinco anos de prisão.

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