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Suspeito de matar enteado é professor e dava aulas para crianças e adolescentes

Cirilo Abe Barreto, de 46 anos, acusado de matar o enteado Luiz Felippe Darulis, de 12 anos, em Monte Mor, é professor de ensino fundamental e médio em escolas da rede estadual de Hortolândia. O homem foi preso em flagrante no sábado (27), dia do crime. A criança morreu após uma sessão de castigo físico e agressões com pedaços de madeira.
Foto: Redes Sociais

Cirilo Abe Barreto, de 46 anos, acusado de matar o enteado Luiz Felippe Darulis, de 12 anos, em Monte Mor, é professor de ensino fundamental e médio em escolas da rede estadual de Hortolândia. O homem foi preso em flagrante no sábado (27), dia do crime. A criança morreu após uma sessão de castigo físico e agressões com pedaços de madeira.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Fernando Bueno, o suspeito disse que agrediu a criança na perna duas vezes. Exames do IML foram solicitados para identificar a gravidade das lesões no corpo do menino. Uma das linhas de investigação apura a hipótese da motivação ter sido homofobia. Segundo pessoas próximas a criança, Luiz gostava de brincar com bonecas. Durante o depoimento, o suspeito permaneceu em silêncio

A mãe de Luiz também foi ouvida e informou que não tinha conhecimento de nenhum outro episódio de agressão.

Em nota, a Prefeitura de Monte Mor informou que, no ano passado, a Escola Municipal San Remo, onde o garoto estudava, encaminhou ao setor de Apoio Especializado da Secretaria informações referentes à suspeita de maus-tratos ao menino.  Os profissionais que receberam a solicitação deram, junto com a unidade escolar e com a mãe, todo o encaminhamento necessário. E depois, de uma avaliação técnica, em junho de 2023, a questão foi levada ao Conselho Tutelar de Monte Mor.

A Prefeitura ainda mencionou a profunda tristeza com a morte e se solidariou com familiares e amigos.

Luiz Felippe foi enterrado nesta segunda-feira (29), no Cemitério Municipal da cidade. A cerimônia contou com a presença de familiares e amigos da comunidade escolar. Entre eles, o professor Antônio Gonçalvez, que contou que o aluno era bastante comunicativo.

A amiga Laura Ribeiro, de 12 anos, conviveu diariamente com Luiz e também prestou a última homenagem.

A defesa de Cirilo não foi localizada.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que lamenta profundamente o falecimento do jovem e repudia qualquer tipo de violência, seja dentro ou fora da escola. E que a Diretoria de Ensino de Sumaré iniciou o processo de extinção contratual do professor temporário e segue à disposição das autoridades para colaborar nas investigações.

O Conselho Tutelar de Monte Mor informou que atende em média cerca de 200 denúncias por ano.

Durante todo o ano passado, o Conselho registrou 58 casos de maus tratos ou violência. E, este ano, de janeiro a abril, foram 14 registros.

Denúncias podem ser feitas para Guarda Municipal, Polícia Militar e também pelo Disque 100.

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