Apesar de em algumas cidades do país supermercados já estarem limitando a quantidade de pacotes de arroz por cliente, aqui em Campinas, por enquanto essa realidade é pontual.
O Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção de arroz no Brasil. O estado que foi devastado por uma cheia nunca antes vista terá que se recompor de todas as formas possíveis antes de retomar a produção agrícola. Por conta disso alguns clientes em todo o país começaram a temer pela falta do produto no mercado, item básico no prato dos brasileiros.
A faxineira Maria Santos, que mora em Campinas, comprou seis pacotes de arroz de 5kg na última segunda-feira. Geralmente ela compra dois pacotes que são suficientes para o mês todo, mas agora decidiu estocar.
Nas gôndolas da maioria dos supermercados de Campinas o abastecimento de arroz está normal. Gerentes contaram em conversas com a reportagem da que não há previsão de limitação. Dos cinco supermercados visitados pela reportagem apenas um adotou a limitação. A rede não quis se manifestar para explicar o motivo.
Em média o preço encontrado mais barato do pacote de arroz foi de R$ 23,90 e o mais caro R$ 38,90. A aposenta Dineia Monteiro reclama dos preços altos generalizados e diz que não vai estocar arroz.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) publicou nota em que afirma que não há risco iminente de desabastecimento nos supermercados. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) também divulgou um comunicado no mesmo sentido afirmando que recomenda que os consumidores não façam estoques em casa para que todos tenham acesso contínuo ao produto.
Nesta quinta-feira (9) o governo federal publicou em edição extra do Diário Oficial da União uma medida provisória que autoriza a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz. A ação busca justamente repor o estoque do Brasil por causa das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul.
