A Justiça converteu as prisões de cinco pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que furta combustível por meio dos oleodutos da Transpetro em Leme e Araras de temporária para preventiva.
A decisão foi nesta quinta-feira, baseada em um pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.
A investigação aponta o crime de trepanação, ou seja, instalavam derivações clandestinas em tubulações perfuradas. Eles responderão também por organização criminosa.
A denúncia foi apresentada após investigação conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais de Limeira, que fez a Operação Fire Danger, em 2 de maio.
Segundo o apurado, os criminosos atuavam nas áreas de dutos da Transpetro que cortam a zona rural das cidades de Pirassununga, Leme e Araras.
Eles escavavam a terra até obterem acesso ao duto soterrado. Posteriormente, usando ferramentas específicas, rompiam o duto e acoplavam mangueiras por onde o combustível era escoado e armazenado em bombas de mil litros camufladas em veículos adaptados.
A trepanação clandestina tem sido alvo de atenção especial por parte do Ministério Público em razão dos riscos de desabastecimento de combustível, explosão e dano ambiental.
A base da quadrilha, conforme a investigação pode identificar em quatro meses de trabalho, é em Leme.
Três pessoas ainda são consideradas foragidas.