Uma criança de 1 ano e três meses está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas, desde terça-feira (2). A menina foi diagnosticada com uma fratura no crânio e hemorragia na região da cabeça, mas o estado de saúde é considerado estável.
Segundo a família, a pequena Heloísa passa o dia em duas unidades. Durante a manhã, fica em uma creche pública, na região do Parque Cidade e, à tarde, em um “centro de cuidados”, no Jardim Mirassol.
O transporte entre as duas unidades é feito pelo “centro de cuidados”.
Na terça, por volta das 14h30, o pai da criança recebeu uma ligação de funcionários da unidade do período da tarde dizendo que a bebê estava sendo levada ao posto de saúde pois estava desacordada e “molinha”.
Ainda segundo o familiar, a versão dada pelas funcionárias do centro de cuidados é diferente da creche pública. Ainda de acordo com o pai da criança, um dos principais pontos de divergência, é o horário em que a criança foi retirada de uma unidade e encaminhada para a outra.
O que dizem as unidades?
O advogado William Lima, que representa a unidade particular, frisou que o espaço não é uma creche e se autodenomina um centro de cuidados. Disse, ainda, que a criança passou um tempo no local, mas não soube dizer quanto.
Além disso, o advogado relatou que a equipe buscou ajuda médica assim que percebeu o estado da criança e destacou que a documentação da unidade está em ordem com a prefeitura.
Em nota enviada ao Grupo EP, a Prefeitura de Campinas detalhou que a criança chegou às 7h na creche pública, onde foi deixada pelos pais. “Até as 14h30, horário em que permaneceu na unidade, o tempo todo foi supervisionada por monitores e pela professora da sala e ficou bem, seguindo a rotina escolar”.
“Todas as intercorrências envolvendo aluno na escola são registradas e encaminhadas à família. Não houve nenhuma intercorrência envolvendo a criança e ela foi entregue sem nenhum sintoma para o responsável, que foi buscá-la às 14h30 na creche. A Secretaria de Educação está à disposição da família para prestar qualquer tipo de esclarecimento”, informou.
Além disso, a administração municipal disse que a unidade particular não possui o Selo Escola Bem Legal e, portanto, não é credenciada pela Secretaria de Educação. Até o momento, não há pedidos de credenciamento feitos à pasta.