Um homem de 20 anos, morador de Campinas, denunciado por um órgão internacional que inclui o FBI, foi preso por policiais civis suspeito de armazenar conteúdo nazista e articular “possível massacre” contra minorias na internet.
Segundo a Polícia Civil, um relatório da Divisão de Crimes Cibernéticos, com colaboração de agências internacionais, revelou que o jovem trocava mensagens com outros usuários em uma articulação de grupos se organizando via redes sociais, com a “intenção de cometer atos graves de violência contra si mesmo, crianças, adolescentes, mulheres e animais”.
A Polícia Civil foi até a casa da mãe do homem, mas ele não morava mais lá, e sim com a avó materna. Essa mudança aconteceu após um desentendimento com a família. Só que ele também não estava no outro endereço.
Os policiais encontraram o suspeito em um posto de gasolina onde trabalhava. Ele confessou fazer parte de grupos neonazistas. No celular dele havia menções a esses crimes.
Na casa dele, foi apreendido um computador com vídeos e imagens que fazem apologia ao nazismo, registros históricos de violência e outros materiais que mostram a conexão com grupos de supremacia branca. O fundo de tela do PC era a suástica.
À polícia, o homem disse que participava dessas comunidades “por curiosidade” e que pegava o material para fazer uma investigação contra essas pessoas, para que elas fossem desmascaradas.
O jovem foi encaminhado à sede da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas e preso em flagrante por crime racial. Ele deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira.
