Um dos maiores desafios do saneamento básico é lidar com o índice de perda de água. Isso acontece quando há algum vazamento nos encanamentos ou problemas de maneira geral nas ligações de tubulações, estações e pontos de abastecimento.
Um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil mostra que, em todo o país, a média nacional de perda de água chega a 40%. Isso significa que, a cada 100 litros de água tratada para atender a população das cidades, 40 litros se perderão por conta de vazamentos nas redes, fraudes, “gatos”, erros de leitura dos hidrômetros e outras questões.
Campinas, ainda segundo o mesmo levantamento, tem metade desse índice, 20%, alcançando o oitavo lugar entre as 100 cidades mais populosas do país. A cidade pretende reduzir esse índice ainda mais. Uma parceria firmada com duas empresas vai usar a inteligência artificial.
Essa é uma das medidas que faz parte do Plano Campinas 2030, que pretende aumentar a segurança hídrica e acelerar o programa de redução de perdas no município.
De acordo com a engenheira de materiais, Fabiana Castro, o software que está sendo instalado pela companhia vai captar as informações dos 4.811 km de redes de água e gerar relatórios sobre possíveis vazamentos.
Fabiana afirma que a tecnologia é capaz de detectar os vazamentos antes que adutoras rompam ou buracos sejam abertos apenas para verificação.
A parceria não é inédita. A engenheira conta que outras 15 empresas do país também contam com a mesma tecnologia, que apresentou relativa eficácia na redução das perdas. A instalação deve começar na próxima segunda-feira (23) e a expectativa é que demore dois meses.
A taxa de tratamento de água em Campinas é uma das mais caras da Região Metropolitana. A parceria, que, segundo a Sanasa, não terá custos para a autarquia municipal, não deve impactar no valor da tarifa paga pelo usuário.
