Nesta semana, a população dos Estados Unidos enfrenta momentos de apreensão com a chegada do furacão Milton, que se aproxima da costa da Flórida. Na segunda-feira (7), o furacão ganhou força e se tornou um dos mais intensos já registrados no Oceano Atlântico. A previsão é de que a tempestade chegue à costa da Flórida nesta quarta-feira (9).
Muitos brasileiros vivem no estado americano, como a campineira Katia Hoking, que mora com a família na cidade de Sarasota, costa oeste da Flórida. A região em que eles estão não tem alerta para saída obrigatória, mas eles já estão se preparando caso o furacão passe pelo local.
“A gente decidiu ficar aqui. Colocamos placas de metal, que colocam nas casas e, graças a Deus, temos uma casa bem reforçada. Nos sentimos mais seguros aqui do que dirigir várias horas, ficar sem gasolina no caminho – porque os postos estão lotados. Até o momento estamos com uma chuva fraca, mas está previsto para chegar chuvas fortes e ventos muito fortes”, contou a brasileira.
O fenômeno passou de uma tempestade tropical para um furacão de categoria 5, o mais poderoso, em menos de 24 horas. O Centro Nacional de Furacões prevê tempestades de 3 a 4 metros e meio ao longo da costa ao norte e ao sul da Baía de Tampa, que deve inundar áreas baixas.
Outra brasileira que também está apreensiva com a chegada do furacão é a faxineira Roselita Macedo. Ela acompanha os anúncios do governo americano sobre a necessidade de saída da área onde vive, na cidade de Kissimmee. As autoridades têm enviado alertas pelo celular dos americanos sobre a passagem do furacão. Eles também já preparam abrigos para os possíveis desabrigados.
“Aqui está tudo muito tenso. As coisas estão saindo fora do controle do governo. Estamos todos em alerta. Nesse momento, estamos em casa aguardando o governo se pronunciar para se retirar, se for necessário. Ainda permanecemos em casa com estoque de água e comida, mas já arrumamos nossas roupas e documentações caso necessite sair com urgência”, explicou Roselita.
O morador de Campinas, Luis Yukiu, se preparava para pegar um voo para Florida no Aeroporto de Viracopos nesta semana, junto com a família. Eles estavam indo de mudança para o país, mas o furacão fez com que os planos fossem adiados.
“A gente vem se planejando há uns cinco anos, porque estamos num processo imigração. Nosso voo sairia de Campinas em direção ao aeroporto de Orlando. O voo foi cancelado, por conta do furacão. Fica um pouco a frustração, porque estamos ansiosos por essa mudança, mas ao mesmo tempo, como estamos indo para morar, para nós também é um livramento”, relatou Luis.
A área colocada sob alerta de furacões abriga mais de 9 milhões de pessoas. O furacão pode ser o pior em mais de 100 anos a atingir a Flórida.