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Um dos principais pontos turísticos de Campinas, referência no Brasil em astronomia, o Observatório Municipal Jean Nicolini viu sua existência ameaçada durante uma série de incêndios criminosos que atingiram a Serra das Cabras. O caso ocorreu em setembro deste ano, na área de preservação onde ele está instalado, no Distrito de Joaquim Egídio.
O técnico em astronomia, Rubens Mathias, ressalta a importância do observatório não só para a cidade, mas para o país.
O local é cercado por vegetação de Mata Atlântica e teve extensa área de proteção ambiental consumida pelo fogo. Apesar do risco, os esforços dos envolvidos no combate garantiram que o observatório não fosse atingido.
Foto: Arquivo Pessoal/ Rafael Defavari
À época, a Defesa Civil do município realizou um sobrevoo e constatou que a área total queimada chegou a 987 hectares, equivalente também a 987 campos de futebol. Destruição que fez toda uma população lamentar.
Além do território de mata em Campinas, o incêndio também chegou a terrenos das cidades vizinhas Morungaba e Itatiba. Para combater o grande incêndio, diversos órgãos foram acionados e fizeram uma força conjunta, como o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, a Sanasa, Polícia Militar, além das subprefeituras de Sousas e Joaquim Egídio.
Dois dias depois do primeiro foco, um homem foi detido suspeito de provocar os incêndios. Os moradores da região estavam monitorando o carro do suspeito, com placas de Vinhedo, depois de ter visto o veículo na região da floresta.
O carro foi visto novamente naquela região dias depois, quando os policiais realizaram a abordagem. Dentro do veículo, foram encontrados estopa e outros materiais inflamáveis. O policial ambiental Gilmar Galvão encontrou os itens dentro do carro.
O Ministério Público chegou a abrir um inquérito para, além de apurar os danos, verificar as medidas necessárias para reparação dos danos causados.
Para o delegado José Roberto Rocha, as provas e indícios foram suficientes para identificar o homem como responsável pelos incêndios.
Em 24 de setembro, o suspeito de atear fogo na área de preservação, um homem de 47 anos, foi multado em R$ 6.749.972,50, de acordo com a Polícia Ambiental. Régis Cristian da Silva está preso. Para definir o valor, a polícia analisou a dimensão dos danos com o auxílio de imagens de satélite.
