Os incêndios criminosos que destruíram onze ambulâncias de Santo Antônio de Posse completaram um mês nesta terça-feira (3) e, desde então, nenhum suspeito do crime foi detido. Câmeras de segurança do estacionamento da Secretaria de Saúde registraram a ação, quando dois homens invadem o local e provocam o incêndio.
Segundo o boletim de ocorrência, os dois suspeitos se aproximaram do local com uma motocicleta, pularam o muro, lançaram liquido combustível nos veículos e atearam fogo, fugindo em seguida. De acordo com a Prefeitura, o prejuízo passa dos R$ 2,5 milhões.
Alguns veículos incendiados ainda estão no pátio da Prefeitura. Apesar da falta dos carros, a procura pelo transporte do serviço de saúde continua. A cidade não tem hospital, conta apenas com um pronto socorro.
A confeiteira Marília Barreiro precisa levar a mãe ao neurologista, no Hospital de Clínicas da Unicamp, e conta com o veículo da prefeitura, mas afirma estar sem o transporte adequado.
Segundo a Secretaria de Saúde, em média 130 pacientes por dia dependem do transporte oferecido pela prefeitura para irem até hospitais da capital e de cidades vizinhas. Desde que os veículos foram incendiados, há um mês, o serviço foi prejudicado. A atual frota do município não dá conta de atender todo mundo.
Para atender aos pacientes, municípios da região tem ajudado com o empréstimo de veículos, como Holambra, Pedreira, Amparo, Jaguariúna e Artur Nogueira.
O secretário de Saúde de Santo Antônio de Posse, Paulo José Rodrigues, disse que pediu ajuda aos governos Estadual e Federal e que vai reforçar o pedido para compra de ambulâncias e outros veículos. Afirmou que, depois do incêndio, o Município tem atendido os pacientes com dificuldade.
O Grupo Ep pediu um posicionamento da Secretaria de Segurança Pública sobre o caso, mas não recebeu retorno.
Sobre o pedido aos governos Estadual e Federal, a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde informaram que não há pedidos de ajuda para compra de ambulâncias na cidade.